Bandeira Tribuzi nasceu em São Luís, a 2 de fevereiro de 1927. Quando Bandeira Tribuzi, em 1946, retornou ao Maranhão, vindo de Portugal, após 16 anos de estudos em terras lusíadas, embora já houvesse acontecido a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, desde 1922, os maranhenses dela ainda não haviam tomado conhecimento.Morreu, em São Luís, aos 50 anos de idade, em 1977.
Bandeira Tribuzi era uma soma explosiva de trabalho e emoção. Em 1948, com a publicação de Alguma Existência, aos 21 anos de idade, torna-se uma referência da poesia moderna maranhense de caráter universal, principalmente porque, nessa obra, traz as marcas de uma dicção poética que traduz as afinidades eletivas dele com a criação textual do poeta português Fernando Pessoa, cujos poemas se destacam pela ruptura com os cânones de tradições seculares.
Pertencente a uma dessas gerações que só acontecem de cem em cem anos, ele haveria de deixar suas pegadas e rastros com letras de palavras inconfundíveis, nivelando-se à poesia de alta qualidade e voltagem de seus pares, Oswaldino Marques, Ferreira Gullar, Nauro Machado e José Chagas.
Tribuzi introduziu na literatura maranhense o poema moderno tipicamente lírico e simultaneamente irônico, sutilmente satírico.
Na poética de Tribuzi há aquele tom da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, mais a partir de Rosa da Esperança, obra de 1950, onde ele nos aproxima do mar que move a vida das cidades e identifica, de certo modo a vida de São Luís com a de Portugal.
Breve memorial de longo tempo, livro que se constitui de um único poema, como marco de seus cinquenta anos de existência, marcou a celebração de vida e da obra de um poeta que, como o peruano Cesar Valejo , morreu de exaustão, como decorrência não de boemia, senão de lida, labuta, trabalho incansável e insano. Esse trabalho ele começou, quando, recém chegado de Portugal, uniu-se ao grupo da Movelaria Guanabara, em 1965.
Fonte: http://www.guesaerrante.com.br/2013/6/3/bandeira-tribuzi-a-voz-da-ilha-de-upaon-acu-5447.htm